Perdoar é um mandamento claro de Cristo e um reflexo do amor e da graça que recebemos de Deus (Mateus 6:14-15). No entanto, conviver com alguém que continua a nos magoar e ferir repetidamente não é uma obrigação imposta pela fé. A Bíblia nos ensina a perdoar setenta vezes sete (Mateus 18:21-22), mas também nos chama a agir com sabedoria e a buscar a paz. Em Provérbios 22:3, somos advertidos de que "o prudente vê o perigo e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena." Assim, devemos ser prudentes em nossas relações, evitando situações que possam nos causar contínua dor e aflição.
Jesus, embora perdoasse, não se sujeitava a situações de contínuo maltrato. Ele se retirava quando sabia que suas ações poderiam resultar em perigo imediato (João 8:59). Da mesma forma, Paulo nos instrui em Romanos 12:18: "Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens." Isso implica que, embora a paz seja desejável, nem sempre é possível mantê-la, especialmente com aqueles que insistem em nos ferir.
Submeter-se repetidamente ao sofrimento não faz parte do plano de Deus para nós. O perdão é essencial e liberta, mas continuar em convivência com alguém que persiste em nos causar dor pode ser insensato. Em 2 Timóteo 3:1-5, Paulo adverte contra aqueles que têm uma forma de piedade, mas negam o seu poder, e nos instrui a nos afastar dessas pessoas. Devemos preservar nossa paz e bem-estar, evitando relacionamentos abusivos e destrutivos, enquanto continuamos a demonstrar o amor e a misericórdia que Cristo nos ensinou. O verdadeiro perdão não exige que nos coloquemos em situações de contínua mágoa e sofrimento, mas nos liberta para viver em paz e prudência, refletindo a sabedoria divina em nossas vidas.
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